quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ao longe, o sino

Está chegando a época do ano em que nós somos só desejo: o Natal.

Em meados de Novembro, quando as lojas estão dependuradas de bibelôs natalinos e a TV não mostra senão figurantes vestidos de Papai Noel, o cartão de crédito sofre se fica muito tempo parado no bolso e o 13o salário não chega a esquentar o lugar no banco, literalmente.

Mas aí, quando chega Janeiro, a gente fica desejando que nossa árvore de Natal tivesse se parecido um pouquinho com essa aí abaixo, o que não aconteceu, e enfrentamos a dura realidade de pagar as dívidas contraídas no auge da euforia das festas, além de todos os deveres que o início do ano traz e que conhecemos tão bem.

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Mas é possível traduzir essa realidade a seu favor, quando se trata de viver o presente (Natal), mas sem comprometer o futuro.

Eu vou listar as top five - cinco dicas de ouro para quem não quer ter que viver com o cinto apertado porque esbanjou demais nem ter um galho seco como árvore de Natal porque teme gastar demais.

Se você acha que eu vou dizer para deixar de guardar o dinheiro embaixo do colchão e passar a guardá-lo na meia, errou. O método que irei sugerir é bem racional, prático, mas funcionará bem.

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Começando...

1. Já neste mês de Novembro, separe suas finanças da seguinte forma: do total do que receber (salário + 13o), separe 10% para uma poupança, 10% para imprevistos (reparos para a casa, etc) e 10% para compras. Os 70% restantes cobrem as suas despesas mensais? Ótimo. Então agora você sabe o quanto terá inicialmente para suas compras natalinas - sejam presentes ou itens para a ceia.

2. Tire seus cartões de crédtio da bolsa. Só ande com eles quando tiver que comprar algo previamente estipulado. Do contrário, tranque-os no armário e coloque a chave dentro de um envelope com os dizeres: "Só abrir em caso de emergência ou em Janeiro do ano que vem!!".

3. Em Dezembro, proceda da mesma forma: reserve o dinheiro da poupança, o dos imprevistos e o das compras. Mas adicione à sua reserva de compras de Dezembro, o que sobrou do valor que você guardou para os imprevistos de Novembro. Exemplo: Valor para imprevistos/Novembro: R$ 500,00 + Valor para imprevistos/Dezembro: R$700,00 = R$1200,00. Viu? Agora seu Natal melhorou muito! Você sabe o quanto tem para gastar em presentes e com as delícias da noite feliz.

4. Faça uma lista das pessoas a quem quer presentear. Faça a lista de supermercado. Defina a porcentagem a ser gasta em cada uma delas. Exemplo: Se você tem reservado R$1200,00 , estipule o quanto custará a ceia e o quanto sobrará para os presentes. O valor da ceia pode ser uma inferência ou baseado em uma pesquisa (papel e lápis na mão) no supermercado. Eu fico com a segunda opção: pesquise. E muito. Há diferenças grandes de preço de loja para loja. E partilhe o bolo: R$650,00 para a ceia e R$550,00 para presentes, por exemplo. Veja: você organizou orçamentos bem definidos. Agora começa a tortura...

5. Ande sempre com a sua lista na bolsa e não olhe para os lados em hipótese alguma! Nas lojas e grandes mercados, as maiores bobagens que fazemos são as compras por impulso. Sabe aqueles itens expostos em gôndolas localizadas no corredor da fila para o caixa???? São um terror! Então, seja fiel à sua lista e não olhe para os lados...

Agora, lembra daqueles dez por cento dos seus recebíveis que você guardou em Novembro e dos dez porcento guardados em Dezembro? Quando Janeiro chegar e as contas também, olha só como você estará:

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São as dicas da Dinda para você ter um final de ano espetacular, sem lançar mão de um bom planejamento.
;)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ele Não Foi Convidado

Antes, bem antes de ser mãe, um compromisso que eu não perdia era festa de criança. Aquelas comidinhas planejadas, cheias de pecado, os bolos, os doces... Aiiii, perdição!

Uma coisa que eu sempre me perguntei, e sempre fiquei sem resposta, foi: por que não tem cajuzinho nas festas? Mesmo com uma infinidade de doces de diversos tipos, eu quase nunca encontro o cajuzinho nas festas que vou.

Eu já cheguei a pensar que tivesse algo a ver com a síndrome do Caco, personagem do Miguel Falabela no Sai de Baixo, que dizia que cajuzinho é doce de pobre. Mas eu passei a observar que, nas festas da minha família, eu e minha irmã fazíamos cajuzinho, só por paixão pelo doce, e todos os convidados comemoravam e se fartavam quando a bandeja passava. Ou seja, eu continuo sem entender porque doce tão popular recebe tanto desprezo pelos anfitriões deste mundão.

Agora eu tenho um filho e nenhum ser humano me convence que festa de criança pode existir sem cajuzinho. Aqui nesta casa, não existe essa possibilidade. Mas não me venha com doce comprado em lata, pronto, desses de fabricante de leite condensado... Tem gosto de remédio!!! Além disso, fazer cajuzinho é infinitamente mais fácil que muitas coisas na vida, tais como:

andar de bicicleta,
apontar lápis em apontador com motor
e mastigar chiclete.


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Seguem dois exemplos para ilustrar a simplicidade desta maravilha gastronômica.


Exemplo 1 - Cajuzinho Tradicional

Ingredientes:

1 kg de amendoim torrado e moído sem casca
2 xícaras de açúcar
250 g de chocolate em pó
Leite o suficiente
Açúcar granulado ou cristal para enrolar
Amendoim inteiro para decorar


Comece torrando o amendoim no forno, até ficar moreno. Essa etapa é importante e tenha cuidado, pois se torrar muito, o amendoim amarga o docinho.


Tire a casca e passe no liquidificador. Ou compre um saquinho de amendoim já moído, se preferir. 

Jogue tudo numa vasilha funda, e vá acrescentando o açucar e o chocolate, misturando sempre. Jogue o leite na mistura, bem devagar. Ele serve para dar a liga, e você não vai querer que acabe ficando mole e você tenha que corrigir o ponto...

Daí é só enrolar, passar no açúcar, espetar um grão de amendoim no topo e comemorar!!


Exemplo 2 - Cajuzinho com Leite Condensado


Ingredientes:

150 g de amendoim torrado sem pele e moído
1 xícara de chá de açúcar
1/2 lata de leite condensado
2 colheres bem cheias de chocolate em pó

Despeje tudo em uma tigela e vá misturando. Quando tiver misturado bem os ingredientes, enrole, passe no açúcar e espete o amendoim no topo. Fala sério... Mais fácil que mastigar chiclete, não falei???

Roberta.