terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Frase do dia: No Cinema



Namorada: "Nossos lugares são aqui. Vem cá."

Namorado: "Eu não vou sentar aí. Lugar marcado em cinema é coisa para Primeiro Mundo. Aqui é Brasil."

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cadê você, Tarzan?

Trocar a selva de concreto pela Selva Amazônica por vinte dias não é pra qualquer Jane. Se for uma carioca da gema, então... Em 1999, eu fui ao encontro do Tarzan na Amazônia. Segue o relato.


Foto aqui

Cá estou eu, nariz grudado à janela do avião. Lá embaixo se derrama a selva, serpenteada por um ou outro rio – ou o mesmo – que brilha, purpurinado pela luz do sol. É minha primeira vez na Amazônia, e será a primeira para muitas outras coisas também, eu apenas ainda não sabia disso. Estou há quinze horas e pelo menos três vôos, da segurança da metrópole.

Chego ao Aeroporto Internacional de Cruzeiro do Sul: azulejos brancos nas paredes, uma mesa onde seriam colocadas as malas, para que cada passageiro resgatasse a sua, e nenhum funcionário para conferir o número da etiqueta na bagagem. Fico me perguntando: "Por que Aeroporto Internacional?". Logo descubro a resposta: uma empresa aérea, uma única empresa, fazia um vôo para o Peru, saindo daquele aeroporto. "Ah, ta...".

Um enxame, mas não de mosquitos (ainda...)

Mochila nas costas, saio do aeroporto e sou rodeada por uma multidão de motoristas de táxi, todos falando ao mesmo tempo. São doze quilômetros até o centro da cidade e eles concorrem entre si para ver quem vai faturar aquela corrida.

Sigo para o hotel, conversando com o motorista, simpático. Ele conta que havia comprado quatro antas, através de um "mercado negro", e que as faria pro almoço de domingo e me convida para o festejo. Assim é o povo de lá: absolutamente hospitaleiro. Os animais de caça, como antas e veados capoeiros, não podem ser abatidos a menos que seja para consumo dos habitantes ribeirinhos. O problema é que esses mesmos habitantes caçam os animais e os vendem a intermediários, que vendem a intermediários, que fazem a mesma coisa, e o animal chega à cidade valendo quatro vezes mais do que quando saiu das mãos do caçador.

Segue o ritual: me instalo no hotel, saio pra comer uma pizza (razoável, quem diria...), volto embaixo de chuva, durmo, acordo, tomo café e vou para o porto, pegar o barco que me levará rio acima. Mas o que é o porto? Uma descida por um lamaçal escorregadio, que esconde segredos orgânicos indesejáveis vindos das palafitas – casas suspensas, onde habita a mais indescritível miséria e que me levaria ao barco. O nível do rio varia muito, o que significa andar mais ou menos no lamaçal.

Algumas coisas eu fui descobrindo com o tempo. Por exemplo, na Amazônia não tem inverno. Existem, sim, a estação chuvosa - que corresponde ao verão no resto do país, e a estação seca. Eu estava em plena época de chuvas, mas como nem tudo, aliás, quase nada é regido matematicamente por aquelas bandas, durante a viagem de barco intercalaram-se sol esturricante e chuva acompanhada de vento gélido. Quando cada pingo de água me atingia o rosto, parecia uma alfinetada cruel. Sem contar o sol, que transformou a minha pele em lixa, que iria descascar dias depois.

”No rio passam o bom e o ruim”

Foi isso o que uma moradora de lá me disse. Do avião, eu havia visto um carpete verde, cortado por fios de prata. Do barco, a coisa era bem diferente. Tudo acontece nos rios, que são as estradas. Árvores enormes rodeavam as margens do rio. Os pássaros, os mesmos do desenho da Pocahontas - tenho certeza, saíam dos galhos e vinham brincar com a embarcação. Macacos, muitos macacos, fazem a festa na paisagem da floresta. Enormes galhos presos ao fundo das águas apontavam para cima, servindo de obstáculos naturais. Uma hélice que prendesse ali, já era.

O espetáculo ficava por conta dos botos. Silenciado o motor, fosse para encher com gasolina o tanque, fosse pra gente (no caso eu, já que o resto do grupo era formado por homens) fazer um lanche pra galera, e vinham eles, os botos, incrementar a paisagem. Muitos na cor cinza, mas cheguei a despontar um cor-de-rosa no escuro das águas. Ágil, deu-me não mais que dois segundos de absoluta felicidade. Há quem diga que, por conta dessa visão, eu posso estar prenha. Se for história de pescador, não sei.
;-)

Impossível ficar parada nesses momentos em que o barco não se movia. Era nessa hora que os mosquitos chegavam, em bandos e – juro – munidos de computadores de bordo. Digo isso porque eles iam aonde eu não havia passado repelente, através das aberturas na minha bermuda e na minha camiseta. Foi uma festa no meu ombro, na barriga e nas costas!

De Cabral aos dias de hoje, tudo igual

Algumas paradas aconteciam em casas de ribeirinhos. É inegável a presença negra, se misturando à altivez indígena, belíssima por aquelas paragens. O que mais vi foi um povo caboclo, de pele morena e olhos puxados. Absolutamente curiosos com a presença de uma branca tão diferente – no caso eu. Acho que o estranhamento teria sido menor se houvesse ali luz elétrica. Mas como não chegam os padrões físicos do sul, através das prescindíveis novelas, eu era apenas uma figura exótica. Sem pretensões de estudá-los, de catequizá-los ou nada que o valha. Sutil, empunhava minha câmera fotográfica e saia clicando! Parando uma vez ou outra pra ensopapar minhas pernas, vítimas inocentes do ataque de formigas e (mais!) mosquitos.

Vivem os ribeirinhos hoje como viviam os índios no azar do destino que foi a aparição dos patrícios, cinco séculos antes da minha chegada. As casas são simples, sem água corrente nem energia. O banheiro é uma construção afastada da casa principal. Nem pensar em ir ao banheiro depois que escureceu, para evitar assim qualquer encontro fortuito com a galera noturna: cobras, onças e nem quero saber o que mais. Um cultivo de subsistência é instalado em terreno próximo, sendo que seu excedente é amigavelmente trocado com vizinhos. O mesmo acontece com a caça.

Na mesma proporção em que são raros, açúcar, Nescau, leite condensado, leite em pó, são idolatrados. Sorte que enlatado era o que não faltava na minha mala. Por uma noite de sono em rede dependurada no teto foi esse o preço que paguei. Mais: se roupa tivesse, estaria fadada ao amor eterno daquela gente amistosa. Não foi o caso. Levei o mínimo para não ter muito que carregar. Realista, não abri mão do papel higiênico.

Vergonhas por debaixo dos panos

Perguntam-me todos, e sei que o leitor se indaga o mesmo: "mas e os índios?". Houve encontros, sim, mesmo que breves. O primeiro deles, ria-se de mim, foi numa xoupana onde eles vendiam artesanato para turistas bobocas. Como essas últimas palavras estavam estampadas em letras garrafais na minha testa, longa batalha se seguiu até que eu conseguisse sair de lá com os objetos do meu desejo: colares, pulseiras, cerâmicas.

O segundo encontro foi lirismo puro e aconteceu durante a festa de entrega•de diploma de magistério para um grupo de índios de diversas tribos. Eufóricos, festejaram até o dia nascer, regados a muita cerveja. Eu não pude ficar, tinha compromisso com meu eu invisível no Santo Daime.

O terceiro foi nas ruas de Cruzeiro do Sul. A proximidade com o Peru estampou no rosto desses índios, de quase 1,90m, traços incas. Foram os mais belos que vi. Altivos e desconfiados, nem me deram papo. Esses personagens, que antes viviam nas páginas de O Guarani, hoje povoam meus saudosos sonhos. Mas não se iluda: idéias românticas de lado, os índios não andam nús por aí, portando arco e flecha. Trajam jeans ou bermudas, distantes que estão das páginas dos livros.

Eu sobrevivi!

Na minha doce inexperiência, não levei sapato adequado para o que encontraria: um misto de atoleiro com mata fechada. O par de chinelos, que nem voltou na bagagem, tornou-se um perigo, já que a umidade fazia os pés deslizarem para fora deles. E sabe aquele tênis que eu adoro e, exatamente por isso, está com a sola desgastada e lisa? Pois é, nem pensar! Escorrega mais ainda. A solução, já que não tinha um terceiro par de sapatos, foi andar descalça mesmo. E rezar pra todos os santos, católicos ou não. Quando eu me permitia olhar para o chão, via um sem número de aranhas cruzando meu caminho. Juntando isso a uma mordida na língua, pra ficar quieta e segurar o chilique, tem-se aí uma mulher em desespero.

Mas a verdade é que, depois de oito horas sentada num barco, sem posição e temendo nunca mais voltar a sentir meus glúteos de novo, cheguei de volta à Cruzeiro do Sul viva. Não encontrei Tarzan, semi-nú e bonitão, pra me salvar do desconhecido. Ao contrário, entrei de pés descalços no universo novo. Participei do preparo e me embebedei de Santo Daime, provei delícias inéditas ao meu paladar, me acabei de tanto fotografar e prosear. Hoje, esquisita pra mim é a selva de concreto!

Geléia de Cupuaçú

Esse papo todo de Amazônia me deixou saudosa.


Foto aqui
Em tempos de Natal, eu lembrei de uma receita que vou passar a vocês em duas etapas: Cheesecake com Geléia de Cupuaçú. O Cheesecake é em homenagem aos americanos, que criaram o Natal como é comemorado hoje em muitos lugares. E o Cupuaçú é em homenagem à Amazônia.

Geléia de Cupuaçú
Ingredientes:

1 Kg de Polpa de Cupuaçú
1 Kg de açúcar refinado

Despeje em uma panela funda primeiro a polpa e por cima dela, o açúcar. Em fogo alto, espere a polpa ferver, baixe o fogo e vá misturando o açúcar devagar. Sempre mexendo por 50 minutos, comece a testar o ponto, virando a colher com geléia sobre a panela. Veja se a gota se forma rapidamente (sinal de que ainda está rala) ou se a gota se forma devagar e cai lentamente (sinal de que já engrossou).

Coloque em pote de vidro esterelizado e tampa de metal. Guarde na geladeira e coloque sobre o Cheesecake na hora de servir.

Dinda.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Com perfume de limão e lavanda

Poucas pessoas, habitantes de uma grande metrópole como o Rio de Janeiro, conseguem viver em uma casa com área verde. Não disse que é impossível. Disse que é difícil.

Eu sou uma dessas pessoas.

Mas juntamente com o aprendizado culinário a que me propus, veio também o desejo de desenvolver uma pequena horta, onde eu pudesse ver nascer meus bens de consumo frescos, tais como tomilho, rúcula, salsa, orégano, alecrim, manjericão e lavanda.










foto aqui

Sobre a rúcula, posso dizer que, depois que o amável cãozinho da minha mãe a arrancou com raiz e tudo, para seu próprio divertimento, fiquei sem ação e nunca mais voltei a plantar.

A história do manjericão não foi tão sanguinária, mas teve seu viés sci-fi. Quando a pequena árvore estava crescida e bem feliz, eu notei um fio de cabelo perdido por entre as folhas. Um fio enorme. Meu cabelo é longo, mas não tinha aquela tonalidade ligeiramente esverdeada (ainda bem!...). Cheguei perto, tentando achar a extremidade do fio. E nela, havia um inseto, verde como a folha, grande demais para minha coragem de enfrentá-lo. O dono do cabelo, primo distante do grilo mas com as pernas de um gafanhoto, se alimentava calmamente das folhas enquanto uma versão pequenina dele, em grande quantidade, sugava a seiva do tronco.

Dica: Eu aprendi duas formas de lidar com os hóspedes OVNIs indesejados. Uma delas é a solução de fumo de rolo em água (e já há produtos a venda com esta composição) ou pó de café ao redor da árvore.

Claro que os hospedeiros só liberaram o manjericão quando o condenaram a ir dessa para melhor, o que efetivamente aconteceu.













foto aqui


Hoje a horta está reduzida. Entretanto, a mais valente de todas as plantas segue impávida: o pé de lavanda. Não é bonito, não atrai visitantes deste ou de outro planeta, resiste ao tempo, ao excesso e à falta de água e, uma vez a cada estação, dá flores. Perfumadas, lilases, empinadas.

Por causa dessas flores ocasionais é que eu me decidi por um pé de lavanda, de qualquer forma. Algumas semanas atrás havia quatro flores apontadas. Eu esperei que abrissem e me preparei para usá-las. Eu queria o sabor cítrico do limão para juntar às minhas lavandas, mas todas as receitas de bolo de limão que eu tenho pedem iogurte natural, e eu não tinha nenhum em casa. A opção foi adaptar, a partir de uma receita de bolo branco, aquele básico que não leva nenhum sabor. A escolhida, tirada daqui , foi um sucesso!!! Segue:

Bolo de Limão com Flor de Lavanda
Ingredientes

200 g de manteiga
02 xícaras (chá) de açúcar refinado (eu sempre reduzo, então dessa vez eu usei 1 1/2)
04 ovos
03 xícaras (chá) de farinha de trigo (eu usei 2, BEM cheias)
01 xícara (chá) de leite
02 colheres (chá) de fermento químico em pó

Eu juntei raspas de casca de 02 limões.

Preparo:
Peneire a farinha junto com o fermento.

Eu sempre pulava essa etapa do processo, mas ao ler o motivo, eu me rendi: ao peneirar a farinha, ela fica aerada e, com isso, o bolo fica mais leve.

Adicione as flores de lavanda à mistura de farinha e fermento.

Separe as claras das gemas. Bata na batedeira a manteiga, as gemas e o açúcar, até obter um creme clarinho, algo em torno de 10 a 12 minutos. Despeje esse creme em uma tigela maior. Junte a raspa de limão e vá alternando o leite e a farinha, mexendo em movimentos circulares, até a massa ficar bem homogênea. Não é para bater, apenas misturar.

Bata as claras em neve e adicione-as movimentos circulares de baixo pra cima, envolvendo toda a clara na massa. Despeje a massa em assadeira untada e polvilhada. Leve ao forno pré-aquecido a 220° C por 10 minutos. Depois baixe pra 180° C.

Quando o bolo dourar por cima, faça o teste do palito.

Eu adicionei meia xícara de açúcar de confeiteiro (aquele fininho) ao suco dos dois limões, e joguei sobre o bolo depois de furar a superfície com um garfo. Há quem goste do glacê bem branquinho. Nesse caso, diminua a quantidade de suco e ou aumente a de açúcar.

Depois me fale o que achou...

Dinda.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O filho de Clare




As medidas de modelo perderam espaço para as formas da gestação na vida da inglesa Clare. Eu imagino qual não foi a sensação dela ao constatar, aproximadamente vinte e três anos depois da gravidez, que havia dado à luz ao mais novo Homem Mais Sexy do Mundo. É um pensamento que me persegue nos últimos dias, visto que eu não consigo me livrar da figura do filho da Sra Clare Pattinson, de nome Robert Thomas. Ele está om Outdoors para todo o lado, nas laterais de ônibus e nos cartazes do metrô, nas capas das revistas em todas as bancas e nos reclames da TV a cabo.

Nos detalhes, ou mesmo no todo, não se trata de um rapaz de beleza cinematográfica. Antes o típico londrino mal-humorado e amarelado de nicotina e falta de sol.

Interessante mesmo foi notar que eu abri mão do conforto das minhas noites de sono para assistir ao filho de Clare, Robert, conversar com David Letterman (na tradução, Homem-Carteiro). O programa foi ao ar à uma da manhã. Bem no meio da minha sonolenta madrugada. Eu venero o bom sono, é preciso dizer. Mas a beleza do rapaz tem um efeito fantasmagórico sobre mim, já que só aparece em raras ocasiões e eu ainda não a vi. Em função disso, troquei meu momento pelo momento dele. Com isso, duas horas antes do show ir ao ar, pijama posto e bobs no cabelo, sentei para esperar – na frente da TV. Das opções apresentadas pelo meu controle remoto, fiquei com Crepúsculo, filme onde aparece... o filho de Clare!!

Por favor, não se surpreenda com meu relato, pois eu não pretendo desconstruir o rapaz ou o filme que o lançou ao mundo. Nada disso. Dê-me apenas a chance de continuar com a minha história.

O filme acabou e, mais alguns minutos depois, em outro canal, o programa do Carteiro David começou. Uma menina tocou violino sobre um objeto que não identifiquei, um rapaz fez malabarismos com um barril de cerveja, eu bati cabeça cedendo ao cochilo, e então, ele chegou!! O filho de Clare. E Richard. Ligeiramente corcunda pela vergonha, sem saber onde colocar as mãos ou se devia se dirigir à platéia, lá estava ele. Um rapaz... londrino e encabulado.



Hoje eu entendo o feitiço dele e, mesmo não atendendo aos requisitos para me considerar uma fã, não sou mais avessa à invasão Crepuscular neste mundo que habito.

(Não vou mencionar sua aparição como Cedric Diggory em Harry Potter, pois muitos nem o reconhecerão. Houve um preço a ser pago para transformar o amarelo e mofado em um vampiro bonitão.)

Pois o Robert, filho de Clare e Richard, nascido em Londres, caçula de três filhos, está na lista dos seres humanos dotados de sorte divina. A história de Stephenie e o personagem criado por ela revelaram um ídolo. E pegou a todos, inclusive a ele próprio, de surpresa! Isto estava claro na imensa cerimônia que ele fez na sala de estar do cenário de David.

E vida de ídolo é aquela coisa: não se pode perguntar quem ele namora; não é permitido a ele comprar seu próprio cigarro na loja da esquina ou seu fish ‘n chips no comércio próximo de casa, não se pode andar a pé ou sobreviver a um ataque de adolescentes.

É difícil de acreditar que ele possa freqüentar a imaginação de mulheres com idades tão variadas. Eu entendo a surpresa de Robert nesse aspecto. E houve um erro de cálculo, é possível dizer, já que eu me arrisco na arrogância de afirmar que nem ele sabia onde poderia chegar. A Clare deve estar mesmo muito orgulhosa de seu bebê. Eu estaria.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Variações sobre o mesmo tema

Como eu sou um tantinho teimosa e não canso de tentar variações sobre as receitas que mais gosto, eu tentei adaptar a receita de Bolo de Chocolate para Máquina de Fazer Pão para uma receita que não dependesse da máquina.

Dois motivos me levaram a tentar adaptar a receita. Em primeiro lugar, o bolo recebeu muitos elogios, porque tem muita gente no mundo chocólatra.


aqui

Em segundo lugar, a resistência da máquina consome uma quantidade incrível de energia elétrica. Considerando que o bolo leva ainda muitos ovos, grande quantidade de chocolate em pó, etc, acabava ficando uma receita bem carinha. E eu não estou com essa bola toda, não...

Segue a receita adaptada:

3 ovos inteiros
1/2 xícara de margarina light
1 xícara* de água quente
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de chocolate em pó
2 xícaras de farinha de trigo sem fermento
1 colher** de sopa de fermento em pó químico, tipo o Royal

*a xícara que eu usei foi o copinho de medida que veio na minha Máquina de Fazer Pão Britânia
** a colher de sopa que eu usei foi a que veio com a máquina




Aqueça o forno primeiro. Não esqueça, hein...
Bom, eu segui os passos do bolo de Cenoura, por exemplo: juntei os ingredientes secos em uma vasilha grande e misturei os outros ingredientes no liquidificador assim: primeiro joguei os 3 ovos e a margarina amolecida (não é derretida, não. é só deixá-la de fora da geladeira por uns 15 minutinhos). Quando incorporou, eu tirei a tampinha pequena do liquidificador e fui jogando a água fervida lá para dentro, aos poucos.

Depois, misturei devagar os ingredientes líquidos com uma espátula na tigela dos ingredientes secos, joguei no tabuleiro retangular untado e mandei para o forno pré-aquecido.

Eu não fotografei o bolo porque - sendo MUITO sicera!!! - eu não levei fé de que ficaria tão bom e fofinho e macio como ficou. Ah, esqueci!!!!! Antes de colocar o tabuleiro no forno, eu misturei 1/2 xícara de nozes picadas, 1/2 xícara de açúcar mascavo e 1 colher de chá de canela em pó. E fui jogando essa mistura em cima do bolo.
Foi meu lanche de domingo à noite, junto com uma caneca de café... Só para te deixar com água na boca!

Roberta.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A Mulher Maravilha

Hoje eu estava lendo a matéria abaixo, tirada do site dO Globo e percebi uma coisa:
Nós estamos buscando o ideal da Mulher Maravilha. É sim!




Bom, primeiro, segue o texto tirado na íntegra do jornal:

(começo)
Se mesmo seguindo a dieta à risca e fazendo exercícios religiosamente o ponteiro da balança não mexe, não entre em desespero. Segundo a psicoterapeuta Pat Thomas, colaboradora da revista "The Ecologist", nem sempre o excesso de peso é culpa de quem engordou. Muitas vezes, desequilíbrios hormonais e doenças crônicas alteram o metabolismo. Remédios, comidas light ou diet, alergias, pesticidas e até mesmo o ar condicionado também podem facilitar o acúmulo de gordura ou frear o processo de emagrecimento. No recém-lançado livro "O século 21 está deixando você gorda" (Ed. Larousse), ela revela alguns inimigos ocultos da balança e sugere as formas de superá-los. Confira a lista de alguns dos vilões citados pela autora:

Ar condicionado: Quando o ambiente está quente ou frio demais, o organismo gasta mais calorias para regular sua temperatura interna. Se todo dia a temperatura é igual, o corpo queima menos calorias. Ao longo dos anos, isto pode resultar em quilos a mais.

Remédios: Antibióticos, antidepressivos, antipsicóticos, anti-hipertensivos, anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal (TRH) são apenas alguns dos medicamentos que podem fazer o organismo acumular alguns quilinhos. O ganho de peso acontece por vários motivos. Alguns remédios interferem com a qualidade do sono e aumentam a fome, outros aumentam o cansaço e diminuem a disposição para os exercícios, e a maioria favorece a retenção de líquidos. Se o ganho de peso foi expressivo (mais de três quilos em um mês), o ideal é conversar com um médico.

Excesso de comidas dietéticas: Além de ricos em corantes, adoçantes e outros aditivos químicos, a maioria dos diet e light não tem o mesmo sabor que o original. Criam uma insatisfação crônica e podem detonar compulsões alimentares. Corantes e adoçantes também estão associados à retenção de líquidos.

Calorias químicas:Pesticidas e substâncias tóxicas encontradas em plásticos, tintas, produtos de limpeza, tapetes e colchões podem, ao longo dos anos, afetar os sistemas endócrino e imunológico, causando alergias e intolerâncias alimentares. A recomendação da autora é evitar produtos com ftalatos, bisfenol A, benzoapireno, solventes (incluindo acetona) e produtos polibrominatados (com proteção para retardar o avanço de chamas).

Alergias: A inflamação crônica causada por alergias alimentares ou respiratórias pode diminuir a eficácia com que o corpo metaboliza gorduras. Além disso, aumentam a retenção hídrica. Latícinios, soja, glúten, enlatados, corantes amarelos, sulfitos, frutos do mar e amendoim são os responsáveis pela maioria dos casos de alergia alimentar.

Noites mal dormidas: A falta de sono aumenta o apetite, pois altera o funcionamento de dois hormônios que regulam a fome e a saciedade. Também pode causar a resistência à insulina, quadro que aumenta a fome, dificulta a perda de peso e pode causar diabetes e doenças cardiovasculares.

(fim)

O ideal da Mulher Maravilha diz respeito à fórmula-clichê da moça boa profissional, boa de copa, cozinha, etc e que, quando roda a bahiana, ainda fica um mulherão só vestindo um maiozinho vermelho e azul.

Este blog está parecendo um informe sobre o ultrage feminista, mas nem é isso, não. É que eu não consigo deixar de imaginar porque o título do livro mencionado no artigo não é "O século 21 engorda as pessoas"? Por que ele está dexando você GORDA e não GORDO? O adjetivo só se refere ao feminino??? Homem não engorda? As véias deles não entopem? Eles não morrem de doenças relacionadas ao excesso de peso?

Oooooooou será que só as mulheres se incomodam e são cobradas por seu (excesso de) peso???

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Dia de Santo

Hoje não é um dia especial. Todo mundo está levando sua vida de sexta-feira. Não é feriado nacional, não é dia de Santo católico ou da umbanda (até onde eu sei...).

Hoje é o dia em que o bloguinho faz um aninho.

Foto Brian Boulos aqui

Eu chego aqui com a maior despretensão, post após post, apenas para deixar uma marca sobre meus fracassos e sucessos culinários. Não desejo ser a Nigela dos blogs culinários.

Quero trocar experiências. E curtir esse blog como se fosse a sala de estar da minha casa:
cheio de amigos trocando idéias e falando de comida e amenidades. Afinal, tem coisa melhor que isso na vida???

:-)

Roberta.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Vida de São Tomé

Não é fácil ser teimosa. Mais do que apenas teimosia, eu tenho a síndrome de São Tomé. Preciso ver para crer.

Navegando eu cheguei a uma receita que me deu um susto!! Uma receita de Bolo de Chocolate para máquina de fazer pão. Visite o link, se puder. Vale a pena!!!


Na minha descença, passei dias com bicho-carpinteiro, sem sossegar. Eu precisava testar esse receita!!!

Pois bem, segue minha versão adpatada desta maravilha do mundo gastronômico chamada de Bolo de Chocolate.






Bolo de Chocolate para Máquina de Pão

Ingredientes

3 ovos inteiros
1/2 xícara de margarina light
1 xícara* de água quente
1 xícara de adoçante para forno e fogão
2 xícaras de chocolate em pó
2 xícaras de farinha de trigo sem fermento
1 colher** de sopa de fermento em pó químico, tipo o Royal

*a xícara que eu usei foi o copinho de medida que veio na minha Máquina de Fazer Pão Britânia
** a colher de sopa que eu usei foi a que veio com a máquina


Não tem mistério e quem tem MFP sabe como é fácil: coloque todos os ingredientes na máquina, na ordem exata que está acima.

O ciclo é o rápido. No caso da minha, Ciclo 4.

Gente, quando ficou pronto, eu não acreditei! É um bolo! Bem parecido com o brownie (macio e esfarelando pouco). Essa semelhança, aliás, me deu uma idéia. Da próxima vez, vou colocar nozes na massa.

Aconteceu um problema, porém. Quando coloquei os ovos, as gemas não se romperam. Pensei: "ah tudo bem. com o movimento da pá, elas rompem". Vejam como me enganei:








Mesmo assim, o resultado ficou bem gostoso, com cara de bolo-brownie, sabor bem acentuado de chocolate, com baixas calorias graças à minha adaptação, e uma ótima companhia para o meu paninho de prato de fuxico, feito por estas mãozinhas aqui.






Foi meu presente de café da manhã para o Sr. Dindo.

:-)

Roberta.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Guia da Mulher Prática - Leite Condensado Diet

Eu vim aqui hoje cumprir o que prometi.

Eu nunca fiz apologia do corpo humano e seus defeitos. Eu sou do time da cirurgia plástica, sim, porque não?, do peeling, das dietas milagrosas e suas pílulas maravilhosas.



Foto aqui

Toda mulher briga com a balança! E eu não sou de recusar uma boa briga. Mas mesmo os milagrosos da dieta ainda não inventaram uma forma da gente comer, comer, comer e ficar na estica.

E nem toda a motivação do Vigilantes do Peso, com seus aplausos aos vitoriosos e cartão azul para associado vitalício, nos tiram a lascívia completamente.

Saudável não é comer saudável todo o dia, o dia inteiro.

(Vai um capimzinho ái?)



Foto aqui

Saudável é viver bem, comer bem, exercitar-se e guardar um momento na semana para o pecado que alegra tanto o corpo quanto a alma. Vamos a ele?

Leite Condensado Caseiro E Diet

Ingredientes:
1 xic chá de leite em pó desnatado
1/2 xic chá de água fervente
1/2 xic chá adoçante em pó para forno e fogão
1/2 colher de sopa de margarina light


Foto aqui

Bater no liquidificador por 5 a 7 minutos, deixar esfriar e utilizar. Pode ser guardado na geladeira por até 15 dias.

Eu sugiro um brigadeiro de colher, substituindo o Nescau por cacau em pó (já que é pra ser diet...). Depois me conta.
;-)

Roberta.

Sigo bordando (e cozinhando)

Para não cansar muito vocês, vou postar aos poucos as fotos do trabalho que faço. Segue abaixo o mês de Abril, logo que acabei de bordá-lo.


Mesmo sendo bordadeira há mais de dez anos, eu nunca imaginei que seria na Internet que eu encontraria um bordadeiras como eu. Hoje, eu não bordo mais sozinha.
:-)


Beijinho.

Roberta.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Guia da Mulher Prática - Leite Condensado Caseiro

Nada agrada mais do que aquela figura feminina segura de si em todos os aspectos de sua vida. Para essas mulheres - ou para aquelas que querem ter essa imagem - existe o GMP (Guia da Mulher Prática).

É impressionante como somos cobradas, mais e mais, pela perfeição na cozinha, na gerência do lar, no cuidado da família, no sucesso profissional. Não conheço um homem multi-tarefa, mas conheço várias mulheres comprometidas com o ideal imposto.

Agora, imagina a cena: é sábado à tarde, você vai preparar AQUELA sobremesa para o jantar (em algumas horas os agregados chegam, sedentos pela bóia a ser servida) e, na certeza de ter todos os ingredientes, lá vai você para a batedeira, começar a trazer as claras para ponto de neve. Ei que, ao abrir a despensa, você se dá conta de que a última lata de leite condensado foi consumida in natura numa visita noturna de algum habitante fiel do seu lar (marido, filha, filho...). Seja rápida e pense como a Mulher Prática contemporânea: improvise!!!

Essa recetinha eu tirei da embalagem de algum produto que não lembro mais. E já fiz tantas vezes que até decorei!


foto daqui


Leite Condensado Caseiro

1 xícara de açúcar cristal
1 xícara de leite em pó
1/2 xícara de água fervente

Misture a galera toda no liquidificador e deixe o motor ligado até dar o ponto. Eu deixo entre 7 e 8 minutos. O tempo é importante. O leite condensado pode ficar com aquela carinha de ambrosia na ressaca pós carnaval, além de ficar sem ponto.





foto daqui

Depois disso, espere esfriar e use como desejar. O leite condensado pode inclusive ir ao fogo para ganhar ponto mais encorpado.

É bem simples, né? Agora, supondo que você esteja de dieta e não quer perder pontos com a balança.

Para o próximo post, trago a receita em versão diet.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Bordando e Aprendendo

Até pouco tempo atrás, eu achava que bordar e cozinhar - minhas paixões - tratavam-se de atividades solitárias, assim que nem a corrida ou a natação. Você pode até estar acompanhado quando faz, mas ainda assim...

Segue a foto do calendário, muuuuito fofo, feito por mim!!




Eu recomendo! Bordar é uma delícia!!!!
(além de ajudar na prevenção de Alzheimer, assim como todo trabalho manual ou de memória)

Bom fim de semana.
:-)

Roberta.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cuidando do corpinho que Deus lhe deu

Quem disse que só de ginástica vive a mulher dadivosa?

Há outras formas de colocar o corpo funcionando.














Eu adaptei a receita de pão integral da minha MFP para um pão com vários grãos.
Primeiro faça a sua seleção. Eu escolhi aveia grossa, linhaça em grãos e em farinha e semente de girassol.
Na véspera de fazer o pão, jogue na sua Máquina de Fazer Pão 1/2 copo de linhaça e girassol em grãos e 1 copo de água, até cobrir tudo.
Depois de 8 ou 12 horas, proceda conforme manda a receita, colocando os demais ingredientes.


Pão Integral com Grãos

Como eu falei, eu modifiquei a receita que veio no livrinho da minha MFP Britânia. Eu adicionei os grãos que gosto à receita de Pão Integral.

Coloque na MFP, na ordem abaixo:
1 copo de água (ao longo do trabalho da máquina, eu coloco mais 2 ou 3 colheres de sopa de água, uma de cada vez)
1 colher de chá de sal
2 colheres de sopa de açúcar mascavo
1 colher de sopa de manteiga (eu coloco 1 e 1/2, para compensar a farinha integral, que é muito seca)
2 1/2 de copos de farinha integral
1 copo com farinha de linhaça e aveia grossa
2 1/2 colheres de fermento seco instantâneo

A receita original pede 1 copo de farinha integral para 2 copos de farinha comum. Na minha adaptação, eu não coloco nada de farinha branca.

O ciclo é Pão integral. Cerca de 3 horas e 30 minutos depois, o pão está pronto. Ele não cresce muito, não fica tão saboroso quanto o WickBold ou correlatos, mas certamente trata o seu corpinho com muito mais carinho.
:-)

Roberta.

Foto: http://www.freefoto.com/

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A Boa Filha à Casa Torna

Foram alguns meses fora e eu nem sequer me despedi de ninguém. Depois de tanto tempo arrumando a "casa", me dedicando ao momento importante da minha vida profissional, venho matar a saudade do blog e avisar que outras receitinhas virão por aí.

E que eu vou postar algumas imagens dos meus trabalhos manuais, além das comilanças. Então, não se assuste.

Beijos.

Roberta.



foto StockVault http://www.stockvault.net/People_g22-To_look_a_sea_p16239.html

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Acabou-se o que era doce



Você teve um bom Natal? Espero que sim.

Feliz 2009!!!!!

Dinda.